Marte em Escorpião 2025: o que sinto sobre esse trânsito tão intenso
- Helena Gerenstadt
- 23 de set.
- 3 min de leitura
Setembro chega trazendo um dos movimentos mais fortes do céu: Marte em Escorpião. Sempre que esse planeta retorna ao seu domicílio, eu sinto como se as águas profundas do inconsciente fossem agitadas. A intensidade cresce, disputas de poder podem se revelar, estratégias ocultas vêm à tona… e, no fundo, tudo isso nos convida à transformação.
Com a quadratura de Plutão em Aquário, percebo um choque entre forças muito diferentes: de um lado, o desejo instintivo, emocional e subterrâneo de Marte em Escorpião; do outro, o controle coletivo e sistêmico de Plutão em Aquário. É como se estivéssemos diante de tensões que refletem tanto no mundo externo — finanças, política, tecnologia, sociedade — quanto dentro de nós mesmos, em lugares que estavam abafados e agora emergem.
Mas nem tudo é peso. Existe um bálsamo nesse céu: o trígono de Júpiter em Câncer. Essa energia abre espaço para cuidado, proteção, solidariedade. É como se, em meio às crises, houvesse sempre uma força que nos acolhe e lembra que não estamos sós. Para mim, é o lembrete de que podemos curar mágoas, fortalecer laços e dar um sentido maior às dificuldades.
Nos relacionamentos, o clima fica mais delicado. Com Lilith em Escorpião até dezembro, vejo as sombras afetivas ganhando destaque: ciúmes, segredos, manipulações. É o momento em que precisamos encarar verdades incômodas para seguir mais leves. Depois, quando Lilith entrar em Sagitário, a reflexão se volta para os dogmas e as “verdades absolutas” que tantas vezes aprisionam. Um convite a questionar crenças que já não fazem sentido.
Sinto que este período não é apenas destrutivo. Sim, ele pode trazer desaquecimento econômico ou conflitos coletivos, mas também abre espaço para avanços em políticas de cuidado, solidariedade e transformação construtiva. Nos vínculos, é um chamado à coragem: mergulhar no que é tabu e renascer mais íntegros.
Marte em Escorpião por signo: onde você pode sentir esse movimento
Cada signo (ou casa, no mapa natal) vive essa energia de forma única. Compartilho aqui minhas percepções:
Áries / Casa 8 – Transformações intensas em temas de poder, sexualidade e finanças compartilhadas.
Touro / Casa 7 – Relações pedem transparência. É hora de abrir espaço para intimidade real, sem jogos de poder.
Gêmeos / Casa 6 – O cotidiano pede ajustes: saúde e trabalho podem mostrar onde há excessos.
Câncer / Casa 5 – Paixões ardentes e relações com filhos ou romances em processo de cura.
Leão / Casa 4 – O lar e a família se tornam palco de tensões, mas também de libertação de velhos padrões.
Virgem / Casa 3 – Comunicação intensa: cuidado com palavras cortantes. Transforme o diálogo em cura.
Libra / Casa 2 – Revisão de valores e finanças. O que realmente importa?
Escorpião / Casa 1 – Renascimento pessoal: magnetismo, crises e a chance de se reinventar.
Sagitário / Casa 12 – O inconsciente fala alto. Sonhos e segredos pedem coragem para serem vistos.
Capricórnio / Casa 11 – Amizades e grupos em ebulição. Transforme tensões em liderança consciente.
Aquário / Casa 10 – Carreira sob pressão: mudanças estratégicas e novos rumos de poder.
Peixes / Casa 9 – Choques de fé ou ideologia. A expansão vem pelo questionamento, não pela imposição.
Escrever sobre Marte em Escorpião sempre me faz pensar no poder que temos de atravessar crises e sair mais fortes. Esse trânsito, com toda sua intensidade, não é apenas sobre destruição: é sobre transformação. Se soubermos usar sua energia com coragem e clareza, podemos encontrar profundidade, verdade e até um renascimento dentro de nós.
